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quinta-feira, 15 de março de 2012

Mesmo com a repercursão mundial do caso de Yousef Nadarkhani, Irã fecha igrejas e prende cristãos

Em um momento em que a atenção mundial está voltada para o Irã, por causa da prisão do pastor Yousef Nadarkhani, as autoridades iranianas estão fechando “igrejas subterrâneas”, e prendendo líderes e membros dessas instituições cristãs. Além das igrejas consideradas clandestinas, o governo iraniano fechou cinco igrejas “oficiais”, ligadas às Assembleias de Deus.

Diversas cidades iranianas tem sido alvo da polícia religiosa, desde o Natal do ano passado. Na cidade de Esfahan as autoridades iranianas prenderam Giti Hakimpour, uma senhora de 78 anos. Na mesma cidade o pastor Hekmat Salimi, teve sua casa saqueada por agentes do governo que, além de o prenderem, confiscaram seu computador, livros e outros pertences.

Outro exemplo de cristão preso por causa de sua fé aconteceu na província de Kermanshah, onde Masoud Delijani, um ex-muçulmano convertido, foi condenado a três anos de prisão acusado de abandonar o islamismo, de fazer reuniões ilegais em sua casa e de evangelizar muçulmanos. Também em Kermanshah, 13 cristãos (incluindo algumas crianças) que se reuniam em um culto foram levados por agentes de segurança, sendo que três deles ainda permanecem presos.

De acordo com a Mohabat News as estimativas são de que em 2011, cerca de 70 cristãos foram presos. Em 2012, além de Assembleias de Deus, as igrejas presbiterianas, anglicanas e as pentecostais assírias têm sem sido alvo de constante pressão por parte do governo.

Leia o relato de Saman Kamvar, chefe da agência iraniana de notícias cristãs Mohabat News, sobre a situação:

“Os relatórios que temos de fontes dentro do país é que os cristãos foram forçados a fugir do Irã por causa do tratamento desumano e cruel do Estado. A pressão dos interrogatórios os intimida por horas, querendo que testemunhem contra os seus companheiros crentes. Eles os colocam em solitárias por longos períodos, pressionam física e mentalmente para fazê-los renunciar à sua fé e voltar ao islamismo.


Há evidências de ferimentos por torturas físicas, como chicotadas… Em um esforço para pressionar as famílias dos cristãos detidos, as autoridades pedem grandes quantidades de dinheiro como fiança… Recentemente houve relatos de que juízes ou interrogadores pediram que os familiares apresentem as escritura de suas casas como fiança para conseguir sua liberdade provisória…


Mesmo assim, o regime atual do Irã está observando um crescimento do cristianismo como nunca antes, especialmente de cristãos convertidos do islamismo”.

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